quarta-feira, 6 de julho de 2011

O todo do cotidiano

Há quem acredite que o amor está atrelado ao domínio territorial, ao esforço infindável de se fazer presente na vida do outro e nessa vale tudo, desde tirar 759 fotos com 759 poses diferentes e 759 figurinos a demarcar território igualzinho aos nossos amigos caninos, sair curtindo até mesmo aquilo que era considerado "incurtível" na tentativa de agradar a pessoa amada, despersonalizar, até se tornar um anexo da pessoa amada.
Eu amo e sei que quem ama cuida, tem apreço, quer o melhor sempre, reconhece os seus defeitos, tenta melhorar, muda, mas não perde a personalidade para amar você precisa ser você de fato, sem medo de ser feliz, sem muita firula.
A essência do amor está na simplicidade, em ceder, renunciar, em não tentar ser genial 24 horas por dia, 7 dias da semana , 365 dias do ano, mas deixar com que as coisas aconteçam naturalmente. Amar sem escravizar, sem oprimir, sem sufocar, sem fazer xixi nos quatro cantos da vida da pessoa amada, porque o amor verdadeiro não se constrói com 50 mil frases de bom dia e boa noite, mas sim com o simples gesto de partilhar do todo do cotidiano.

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